Um estudo recente publicado pela renomada revista médica The Lancet apontou Andorra como o país com o melhor sistema de saúde do mundo. A pesquisa, que avaliou 195 países, utiliza um índice que mede a qualidade e acessibilidade dos cuidados de saúde, atribuindo pontuações de 0 a 100 com base na mortalidade associada a 32 doenças evitáveis. Andorra alcançou a impressionante marca de 95 pontos, destacando-se como referência global em eficiência e atendimento médico.
Desigualdades globais em saúde continuam a crescer
O relatório revela que, desde 1990, a disparidade entre os sistemas de saúde mais avançados e os mais precários tem aumentado significativamente. Enquanto países como Islândia, Suíça, Suécia e Noruega acompanham Andorra no topo da lista, nações como a República Centro-Africana, com apenas 29 pontos, enfrentam sérios desafios em infraestrutura e acesso a tratamentos. A África Subsaariana e a Oceania concentram os piores indicadores, com exceção de Cabo Verde, que obteve 62 pontos e se destacou como uma das melhores do continente africano.
Brasil e Portugal: avanços e desafios
O Brasil aparece na 76ª posição, com 65 pontos, tendo os cuidados neonatais como principal ponto de melhoria. Já Portugal, na 26ª posição com 85 pontos, divide a classificação com países como Chipre, Malta e Reino Unido. No entanto, o desempenho português é prejudicado por deficiências no tratamento de doenças respiratórias, cardiovasculares e renais, além de câncer de pele e efeitos adversos de tratamentos médicos. Entre 1990 e 2015, Coreia do Sul, Turquia, Peru, China e Maldivas foram os que mais evoluíram, enquanto Angola, com 41 pontos, ainda enfrenta desafios críticos, como tuberculose e cuidados materno-infantis.
